25/01/2011


"Eu mudei muito com o choque dos trinta! Mudei alguns pensamentos, o modo de encarar as ações e o creme para o rosto", foi com essa frase que iniciei minha manhã.
Mudança! Palavra carregada de significados: para uns sinônimo de dores, para outros reflexo de alívios e para os mais extremados os dois sentimentos no mesmo instante (geralmente minha categoria).
Tenho mudado constantemente. Mudo meus ambientes físicos, altero a disposição dos móveis, troco de sala no trabalho, apresento novos livros para a estante; e mudo-me! Essa mudança mais lenta e menos perceptível, mas não há rocha que permaneça inalterável com ondas que lhe molham todos os dias, o difícil é lidar com esse novo eu (clichê - eu sei).
Cecília Meirelles já citava essa sensação, no famoso poema "Retrato", é um desconhecimento próprio, uma trilha sem direções no GPS e nenhum guia capacitado para indicar o caminho certo (um terapeuta pode ajudar, mas isso tem um custo, e é cobrado por minutos, e eu ainda sou uma estagiária). Assim, nada melhor que o santo remédio do autoconhecimento, pode ser uma viagem nada agradável, você pode cruzar com monstros antigos, velhos conhecidos do seu inconsciente.
Classificaria como uma batalha: Você versus Você, o fácil é apontar o vencedor!
(Luanessa Bosetto)